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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Desrespeito a questões trabalhistas em obras do governo

operários que trabalham em obras do programa Minha Casa, Minha Vida, na região de Campinas, estão vivendo em condições degradantes. Isso é prática antiga no Brasil, o assustador é ver acontecer em obras que são vitrines da campanha publicitária do governo, como nessas do PAC. A origem está na terceirização da contratação da mão de obra.
Segundo a Folha, eles estão vivendo entulhados em lugares insalubres, superlotados, sem condições de higiene. Em Americana, também no interior de SP, empregados de uma subcontratada ficaram 40 dias sem receber, porque o dono da empreiteira sumiu.
Como prometem pagar o dobro do piso, trabalhadores do Nordeste se dispõem a deixar a família para fazer um pé-de-meia, mas quando chegam, ganham bem menos, porque descontam o transporte. Isso parece coisa do século passado.
Outra matéria da Folha mostra que as infrações registradas pelo Ministério do Trabalho cresceram 232% na construção civil. Em parte, pode ser por conta do aumento das obras, mas há casos inaceitáveis.
Quando a empreiteira subcontrata, tem de fiscalizar. Débora Tito, coordenadora nacional de erradição do trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho, disse ao jornal que o empregador economiza nos custos - promete pagar R$ 2 mil, por exemplo, mas paga R$ 500, barateando o custo de mão de obra; depois, ganha dinheiro no equipamento de proteção, ao comprar em menor quantidade ou de baixa qualidade. Em seguida, economiza no alojamento.
O programa Minha Casa, Minha Vida é para fazer um resgate social, não pode ser feito com trabalhadores morando em cortiços, lugares insalubres ou vivendo em condições precárias. Isso não é aceitável. Alguém tem de prestar contas.

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